Karl Marx já dizia que “A história se repete: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”, observação bastante conhecida e que originalmente se referia ao contexto napoleônico da França durante o século XIX. Em um contexto histórico-espacial totalmente diferente, contudo, tal frase parece ainda traduzir os acontecimentos em questão.
Como não acreditar que a história se repete – muitas e muitas vezes, de forma que tragédias e farsas até se confundem – quando analisamos os aspectos notadamente políticos do Sudão? Este país africano tem se destacado nos últimos anos dentro do cenário internacional devido às graves implicações humanitárias da crise em Darfur e à figura, no mínimo emblemática, de Omar Hassan Ahmad al-Bashir.
Após ter sido
A falta de credibilidade diretamente relacionada à análise imparcial das circunstâncias eleitorais demonstra que al-Bashir se mantém no poder político local, mesmo sob acusações de fraudes e boicotes durante o pleito. Trata-se do primeiro presidente a ser eleito sob acusações internacionais de crime de guerra, perpetuando-se no poder político do país – cargo que ocupou desde 1989 até a polêmica no ano passado. (Mais informações podem ser acessadas aqui.)
Seja como tragédia ou como farsa, o fato é que a história, pois, se repete no Sudão. Omar al-Bashir assumirá suas funções, apesar de o isolamento do país e do próprio presidente persistirem no cenário internacional; e este país africano seguramente continuará vivenciando seus desafios de sempre, suas fraudes, seus dissabores e, enfim, suas características que traduzem o jogo de interesses em voga na situação…
=”http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/news/story/2009/03/090304_sudanbachiricctl.shtml”>