Pois é, pessoal. Amanhã começa a tal reunião do G-20, tão falada e aclamada.
Sobre a reunião em si, não vale a pena comentar muito, já há muito sendo falado sobre isso. Mas é claro que não poderíamos deixar de tratar desse assunto aqui no blog.
Em primeiro lugar, não adianta esperar muito dessa reunião. Nos bastidores, e o ministro Mantega já até falou sobre isso, costura-se um acordo para colocar US$ 1 tri na economia mundial (aliás, como se tem falado em trilhões esses tempos, né? Clique aqui e veja esse artigo legal no site na Gazeta Mercantil). Veja aqui a notícia completa sobre isso.
Peraí? Mas eles vão colocar 1 trilhão e não se pode esperar muito? Sim, uma vez que não deverá haver nenhum acordo amplo que traga alguma mudança significativa ao atual sistema de modo a evitar novas crises. Como já postamos aqui quando do encontro do Lula com o Obama (veja aqui), há muitas divergências no entendimento de como enfrentar a crise, e isso impedirá um acordo.
O que mais me chamou a atenção mesmo, e aqui a diferença na nossa abordagem, foram os protestos em Londres. Antigamente, os protestos eram nas reuniões do G-8. Se essa crise trouxe algo que possa ser visto como bom, foi o fim, pelo menos por enquanto, de uma cúpula minúscula que decidia por todo mundo.
E isso pode ser visto pelas declarações dos presidentes sobre a reunião de amanhã. Nunca se esperou tanto dos países emergentes e hoje (ou amanhã, no caso) eles têm a chance de mostrar que podem fazer algo. Por isso os protestos, até os manifestantes já perceperam que o papel dos emergentes para o capitalismo (contra o qual eles protestam) é mais importante hoje.
Agora esperemos pela reunião! Enquanto a reunião não começa, veja aqui o perfil econômico dos países do G-20. Vale a pena.